DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
"Que as dificuldades que eu enfrentar ao longo do caminho não me roubem a capacidade de encanto..." Desconhecido
A depressão esta cada vez mais comum entre os idosos, mas muitas vezes é diagnosticada e tratada inadequadamente, pois os idosos têm maior tendência para alexitimia ( incapacidade dos doentes verbalizarem ou fantasiarem suas experiências afetivas) o que leva a doença a ser mascarada.
Alguns pesquisadores do assunto afirmam que os idosos estão mais vulneráveis a doença por estarem mais propensos a exposição dos fatores de risco que a desencadeiam. Tais fatores de risco são:
Ruralidade: A vida no campo pode servir para diminuir os riscos da depressão, pois nas pequenas comunidades rurais há um maior sentido de vizinhança, estabilidade residencial, estabelece longas amizades, uma certa identidade e sentimento de pertencimento a uma comunidade.
Estado Civil: é defendido que o estado civil solteiro, viuvez ou com mau funcionamento familiar implicam fatores psicosociais desencadeantes dos sintomas da depressão como por exemplo: solidão, abandono, redução da rede de apoio familiar. Alguns pesquisadores defendem ainda que o divorcio e a separação estão entre os maiores fatores de risco.
Escolaridade: O baixo nível de escolaridade implica que o idosos esteja despreparado para as mudanças que ocorrem em seu ambiente e tenha escassos mecanismos de defesa e consequentemente um escasso desenvolvimento social.
Situação econômica: A depressão esta relativamente associadas a idosos economicamente dependentes, associando-se a um sentimento de vergonha e de "carga" no seio familiar.
Além desses fatores de risco podemos citar outros ainda como, sexo, falta de conjugue ou relação íntima, isolamento sócio-afetivo, falta de apoio familiar, solidão, institucionalização, as dificuldades de satisfazer suas atividades diárias etc.
A questão da Institucionalização ser um dos fatores de risco implica na mudança do idoso para um novo lar.
E esta mudança carrega consigo algumas perdas: autonomia, funcionalidade, casa, animais de estimação, financeira, vizinhança e do ambiente familiar. Podem ocorrer também perdas psicológicas profundas como a autonomia, privacidade, liberdade e independência. Ter que dividir o WC e ou o quarto com outro adulto pode ser uma forte mudança no estilo de vida de um adulto.
Os idosos passar a viver sobre horários determinados para as refeições, banho, lanche, acordar, dormir etc.
Por isso nos primeiros dias de moradia do idosos no lar ele pode estar totalmente vulnerável aos sintomas da depressão por se sentir deslocado e abandonado.
Mas, há aquele idosos que se adaptam bem ao lar e esses são menos vulneráveis a tais sintomas da depressão
Portanto, as Instituições de longa Permanência para idosos devem cada vez mais contratar profissionais qualificados e especialistas pra que a Depressão seja diagnosticada no início.
O Parque Residencial São Vicente de Paulo de Fernandópolis-SP tem conhecimento da dimensão da doença a qual os idosos estão expostos e portanto toma os devidos cuidados proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida para que esses fatores de risco sejam minimizados.
Bibliografia:
VAZ, Sergio Filipe Alves: A depressão no Idoso Institucionalizado; Estudo em Idosos nos lares do Distrito de Bragança. Dissertação Apresentada a Faculdade de Psicologia e de Ciência e Educação da Universidade do Porto, 2009.
Imagens: Google imagens
